Projeto Divulgando Compositores Alagoanos

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Aércio Flávio Alexandre da Silva - Triunfo-PE (Ver Resumo Biográfico)
Aércio Flávio Alexandre da Silva - Triunfo-PE (Ver Resumo Biográfico)

Aércio

AÉRCIO FLÁVIO ALEXANDRE DA SILVA nasceu na cidade de Triunfo-PE, no dia 17 de agosto de 1949. Município fronteiriço do oeste pernambucano com o Estado da Paraíba, tem clima predominantemente frio. Músico, compositor e cantor, AÉRCIO é filho de Sebastião Alexandre da Silva e Raimunda Maria da Silva.

Até os 10 anos de idade, viveu em sua cidade natal, tendo despertado, já nessa época, para o “fetiche” da música. Participava do CORO DA IGREJA MATRIZ cidade, cantava nos eventos escolares de sua escola, o GRUPO ESCOLAR ALFREDO DE CARVALHO, como também nos eventos do COLÉGIO STELA MARIS, fundado por freiras alemãs, outro estabelecimento no qual estudou.

Em 1960, seu pai, funcionário público federal, foi transferido para Alagoas, que era a sua terra natal, inicialmente vindo residir em Rio Largo, transferindo-se, depois, para Maceió, onde fixou moradia. Na capital alagoana, morou no bairro da Pitanguinha, entre 1961 e 1967, onde conheceu Djavan, seu colega no Colégio Estadual de Alagoas, ainda quando estava no início do aprendizado de violão. Assim, o seu interesse pela música cada vez mais foi se aprofundando. Quando começou o período da JOVEM GUARDA, criou um pequeno grupo de amigos do bairro, que sempre se reuniam para cantar os sucessos que estavam sendo lançados.

Acompanhava e admirava as apresentações dos grupos musicais que se formaram à época, aqui em Maceió, como THE THENYS BOYS, (depois THUNDER'S BOYS), os DIAMANTES, dupla formada por Ernesto e Milton Souza (verdadeiro show dos Beatles), depois os DIAMANTES da Rádio Difusora de Alagoas (com Djavan fazendo sua estréia ), THE JET STONES, os CAETÉS, os CORUJAS, SAMBRASA e LSD.

Em 1967, ainda no Colégio Estadual, formou, com o seu colega de classe, Gilson Rocha, irmão de Teógenes Rocha, também músico e compositor, a dupla OS SIMPLES, que fez imenso sucesso nos programas de auditório da época, como no BOSSA O-4, dirigido por Wegand Mansur e Geraldo Lopes Show, todos da Rádio Difusora de Alagoas, a pioneira, onde pontificavam nomes como Amauri Souza, Cláudia Maria, os DIAMANTES, os BÁRBAROS, Jarbas Lima e tantos outros.

Em 1968, comprou o seu primeiro violão ao amigo Djavan, que por sinal tinha sido o seu primeiro, também. Adquiriu o velho método do CANHOTO e iniciou o seu “quebra-cabeça”. Sendo um autodidata, queria se antecipar no aprendizado, pegando as dicas do próprio Djavan e de outros colegas.

Em 1975, ocorreu uma das melhores fases do samba em todo Brasil. Aqui em Maceió, formaram-se grandes grupos de samba que tocavam em bailes, bares e restaurantes, e no carnaval. Foram criados, então, o KUKA SAMBA, o XI-KI-TIN, os GAVIÕES DO SAMBA, o KIZOMBA, que ficaram marcados como os principais da época. Inspirado nesses conjuntos musicais, como assim eram conhecidos, AÉRCIO formou, juntamente com o Mário (ex-MAIAS, grupo de baile da década anterior),  o CONJUNTO SAMBATUKE, que fez muito sucesso nas noites do CRB (na sede do Clube de Regatas Brasil), restaurante Aquarius, Restaurante e Bar Galo de Campina, todos na Pajuçara. O grande momento do grupo foi quando acompanhou o  compositor Evaldo Gouveia, aqui em Maceió, no Aquarius, que se encontrava em turnê nacional.

Em 1976, como cantor oficial, integrou o CONJUNTO KUKA SAMBA. Participou de 12 carnavais de sucesso, no Clube Fênix Alagoana e no Iate Clube Pajuçara, ao lado de grandes profissionais da ARTE PRIMEIRA, como Chico Elpídio, Eliezer Setton, Almir Lopes, Pacuã (in memoriam), Zailton Sarmento, Napoleão Barbosa, Beto Maceió (in memoriam) e tantos outros “feras” da nossa música que integravam este conjunto. Momento importante do KUKA SAMBA foram as apresentações nos anos de 1977 e 1978, na Feira dos Estados em Brasília, capital federal.

Nesse ínterim, foi “cantante” em diversas casas noturnas de Maceió, como o Hotel Beira Mar, entre 1981 e 1982, a convite do estimado amigo Zailton Sarmento, contando, ainda, com Edson Ferro, Antônio do Carmo e Quincas (in memoriam). Nos anos de 1984 e 1985, na Boate do Restaurante Seandro’s, acompanhado de Petrúcio Siqueira, Zé Carlos e Edmilson, ladeado por uma das nobres vozes femininas das Alagoas, a querida Lucimar Ferreira.

A convite de Almir Lopes, ainda em 1985, passou a integrar o quarteto OPSOM – 4, executante da MPB e sons variados, fazendo um verdadeiro sucesso na cidade, como o MPB-4 das Alagoas. Além do Almir, faziam parte José Luis Pompe e Ferreirinha. O grupo permaneceu formado até 1989. A sua grande performance aconteceu no Show do Centenário da Abolição, em 1988, no Ginásio do Sesc, em Maceió, quando dividiu o show com o sambista João Nogueira. Outros momentos inesquecíveis foram marcados pelos famosos bares e restaurantes onde o grupo se apresentou, tais como: Caldo Verde, London London, Nicola’s, Calabar, Sales Bar, todos há muito tempo desativados, lamentavelmente.

Uma vez que o seu estilo era cantar e se acompanhar ao violão, começou a desenvolver, como autodidata, o aprendizado dos teclados, fazendo, depois de um certo tempo, várias apresentações musicais, tendo participado, entre 1992 e 1993, das noitadas do Restaurante Boulevard, na Ponta Verde, atualmente extinto, além de eventos diversos nos anos seguintes. Nessa época, o lado composicional do AÉRCIO despertou, graças às constantes visitas que até hoje continua recebendo da DONA INSPIRAÇÃO, fazendo parte da sua extensa obra as primeiras composições, dentre as quais podemos citar: MENSAGEIRO BEIJA FLOR (Canta Nordeste – Rede Globo Maceió – 1994), ESQUEÇERAM O MEU SAMBA (Canta Nordeste – Rede Globo Maceió – 1995), DEPOIS DO VENDAVAL, BAR ILUSÃO, ECOS DA SENZALA, etc.

Atualmente, a maior parte do seu trabalho é realizado em “home prodution”, voltado para a pesquisa musical, gravando composições de sua autoria e músicas nacionais e internacionais, que sempre gostou de cantar, criando, assim, um acervo para a posteridade.

Obs.: Este compositor fixou residência em Maceió-AL há vários anos.