Islêne Leite - Maceió
Islêne
ISLÊNE DE ALMEIDA LEITE nasceu em Maceió-AL, no dia 10 de agosto de 1947, filho único de Herval Pereira Leite e Joana Ferreira de Almeida. Seus pais, muito pobres, não puderam lhe oferecer condições de apreciar a música, pois nem um pequeno aparelho sonoro possuíam. Sendo seus pais já idosos, desde cedo ajudava a seu genitor, já doente, na arte de Sapateiro.
Quando seu pai faleceu, ISLÊNE contava 16 anos, permanecendo no trabalho do pai até os 17 anos, responsável que ficou pelo sustento seu e de sua mãe. Foi quando recebeu o convite do Sr. José Costa e Silva, velho amigo e admirador da pessoa e da poesia de seu pai, para trabalhar na Livraria Dione, de sua propriedade, no Centro de Maceió, mais precisamente na Av. Moreira Lima. Por essa mesma época, ISLÊNE teve aprovação nas provas seletivas para o Colégio Estadual de Alagoas, matriculando-se no turno noturno. Um ano após a conclusão do curso, logrou aprovação no Supletivo Segundo Grau, pela Secretaria de Educação do Estado de Alagoas.
Como resultado de seu esforço, no ano de 1975, foi aprovado em concurso público do DASP, ingressando no Ministério da Fazenda. Já na Receita Federal, sentindo o desejo e percebendo a necessidade futura de conquistar um curso superior, optou por seguir o ramo artístico, formando-se em Educação Artística pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió – CESMAC. Por fim, aposentou-se no ano 2000 como Analista-Tributário da Receita Federal.
Nos idos do ano de 1964, aconteceu um fato curiosíssimo em sua vida: morando no bairro de Ponta Grossa, à Rua Tiradentes, ISLÊNE caminhava pela Rua Formosa, em direção ao seu trabalho quando, de repente, parou o passo para examinar o calhamaço de um exemplar da Revista Readers Digest, já amarelecida pelo tempo, que estava no lixo da porta de uma residência e o vento, um tanto forte, acabou por deslocar aquela revista para a calçada, separando o citado calhamaço. Abaixando-se, leu, com indizível interesse, um artigo sobre o compositor Johann Sebastian Bach, intitulado “Glória a Deus nas Alturas”, que tratava de sua música como uma “catedral de sons”. Seu interesse foi tão grande que, chegando ao trabalho, elaborou uma capa para aquele artigo, desenhando o título em letras góticas, tomado de um inexplicável sentimento de amor e veneração, sem nada conhecer de cultura musical e muito menos ouvira falar sobre aquele compositor.
Hoje, como Espírita convicto, compreende que DEUS lhe permitiu, através daquele calhamaço abençoado, tomar conhecimento da primeira grande luz, aquela que viria a descortinar a música em sua vida!
Enquanto autodidata, teve como primeiro instrumento o Violão, que aprendeu com a maior facilidade e a partir daí, integrou Conjuntos Musicais como: Vocalista, Guitarrista e Arranjador Vocal, sem qualquer conhecimento da Teoria Musical. Mais tarde, ingressando no movimento coral, integrou vários coros e pela sua perspicácia e instinto musicais, revelou-se Compositor, Arranjador e Regente. Consolidou suas qualidades estudando a Teoria Musical, conhecimento que facilmente adquiriu, além da História da Música e outros estudos de referência.
Como Regente, aprimorou conhecimentos e técnicas, participando de Laboratórios de Canto Coral, Encontros e Seminários de Regência, em vários pontos do país, entre os quais: 4º Encontro de Regentes do Norte-Nordeste, realizado em Fortaleza-CE; 5º e 8º Painel Nacional de Regência Coral, realizados pela FUNARTE, em Nova Friburgo-RJ e Vitória-ES, respectivamente.
Foi membro fundador e regente do Coral Artium Suprema, coro que dirigiu por 13 anos ininterruptos, e que foi seu primeiro grande laboratório de prática da regência. Fundou e regeu: Coro Arte e Luz; VIVARTE – Grupo Vocal; Coro Clave de Luz e Coro Angele Vox, grupo que rege até os dias de hoje.
Atualmente é casado com Alba Lemos Rocha Leite, tendo quatro filhos, quatro netas e um bisneto, de casamentos anteriores. São seus filhos: Herval e Luciana Karla, do primeiro casamento; Flávio e Emanuel, do segundo casamento.
ISLÊNE LEITE tem como modelo e inspiração o compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), por quem nutre profunda veneração ao reconhecê-lo como o maior compositor de todos os tempos da humanidade.