Wilson Protásio
WILSON ROBERTO PROTÁSIO LIMA nasceu em Maceió-AL, no dia 16 de maio de 1949. Dono de uma voz admirável, WILSON PROTÁSIO, como é conhecido, trilhou pelos caminhos da música nos idos de 1970. Ainda muito pequeno, cantava junto com a sua mãe, MARIA JOSÉ PROTÁSIO, que o ensinou os primeiros passos dentro da música. Ela era exímia acordeonista e grande incentivadora para o desenvolvimento de seu lado artístico sem, jamais, olvidar sua educação social, colegial e cultural. Estudou música (acordeom), poucos anos, no antigo e conceituado Conservatório de Música da mui referenciada Dona Venúzia Melo.
A sua tia, Eurídice Protásio, era professora de português de reconhecida capacidade, declarando que a ela também deve a facilidade de escrever e de falar. Confere, portanto, a essas duas mães, tudo de bom que tem em sua personalidade.
Foi primeiro aluno em todas as séries do Curso Primário e esse Primário bem aproveitado lhe valeu, sublinhadamente, em todos os aspectos da sua vida, inclusive, profissional.
Fez o Curso Ginasial no Ginásio Anchieta (Instituto Motta Trigueiros), onde começou a cantar nos Grêmios Estudantis do colégio e em outros quando era convidado. Era sempre acompanhado por ninguém menos que Welder Miranda (Mirandinha), mais tarde se transformando em um ícone das guitarras, como solista do Sambrasa, grupo musical do Clube Fênix Alagoana.
Para realizar o Curso Científico, foi matriculado no Colégio Estadual de Alagoas. Lá, tentava uma vaguinha para cantar, mas as portas não se abriam, até que, por um empurrãozinho do amigo Zenildo Sarmento, pôde cantar no Auditório do Colégio, dando graças a Deus e ao amigo Zenildo por ter agradado aos assistentes. Foi muito aplaudido e nunca mais ficou de fora das audições musicais semanais que ali eram realizadas. Daí, foi um passo para integrar o Conjunto do colégio, como vocalista (crooner) e atração do Grupo. Esse Grupo foi levado à Faculdade de Filosofia, para acompanhar um Grupo Vocal da Faculdade. Em contrapartida, este Grupo tinha a liberdade para tocar em bailes e nos shows da época, sob o título de Os Corujas (Símbolo da Filosofia) onde, vez em quando, uma mocinha subia ao palco e colocava faixas com mensagens e elogios neste nobre cantor. Era muito legal, acrescenta WILSON PROTÁSIO.
Por conta desse sucesso, foi convidado para ser o crooner (vocalista) do Grupo 6 que tocava, com exclusividade, nas famosas e sempre lotadas boates no Iate Clube Pajuçara. No Grupo 6, teve a oportunidade de tocar com músicos de grande expressão, aqui não citados pelo temor de esquecer de alguém. Prefere dizer que todos, desde o Conjunto do CEA (Colégio Estadual de Alagoas), passando pelos Corujas, foram fundamentais para o seu aperfeiçoamento musical e artístico.
Prestou vestibular para o Curso de Direito da UFAL e foi aprovado, retratando, assim, como um momento lindo de sua vida. Permaneceu no Grupo 6 e quando faltavam dois anos para a conclusão do Curso de Direito, recebeu um convite do Grupo LSD que lhe oferecia mais vantagens financeiras. Wilson alega que pensou bastante, porém, como teria, apenas, mais dois anos para a sua formatura e por deveres como chefe de família, aceitou. Foi uma outra lição, com um outro estilo e uma nova abordagem profissional. Tudo isso somado lhe proporcionou uma visão geral e profunda sobre o espaço sagrado dos palcos da vida e da música.
Afastado da música, investiu na sua vida profissional como Bacharel em Direito. Ocupou vários cargos de destaque na Administração Pública, na Secretaria de Planejamento, até que foi aprovado no Concurso para Procurador de Estado. Na Procuradoria cumpriu todas as etapas da carreira de Procurador, obtendo todas as promoções por merecimento. Concluindo, foi Subprocurador-Geral e, depois, Procurador-Geral do Estado, status em que se aposentou.
Afastado da música e dos espaços sagrados dos palcos, a sua veia artística nunca parou de pulsar, passando a compor. Fez várias letras, musicadas pelo parceiro Almir Lopes, à época, que gravou várias dessas composições. O apelo artístico que tinha e tem dentro de si continuava a pedir mais ações. Atendendo à convocação brotada do seu EU, resolveu enveredar pela literatura e escreveu o seu primeiro livro – Lagoa Funda (O Incêndio na Canoa), com mais dois ainda no forno – O Canto do meu Canto e O Padre é Nosso. WILSON diz que espera publicá-los antes de partir para outros palcos noutra dimensão.
O Grupo 6, depois de quarenta anos, voltou a se reunir. Foi lindo! Seus componentes ainda tocaram alguns poucos anos. Traz à baila que foi uma oportunidade memorável para rever amigos de outrora e mostrar para seus filhos e netos o que havia sido no passado.
Os apelos continuam e, agora, está gravando cancões que se imortalizaram nos Corujas, Grupo 6 e LSD. Para tanto, conta com o apoio de dois irmãozinhos em Cristo e no coração. O Brandão produz os playbacks e arranjos e o Nelber Jatobá cuida da Direção de estúdio, mixagem e masterização das canções. A primeira criação é esta e outras virão, com certeza.
Finalizando, WILSON dedica tudo de bom de sua vida artística nos palcos a um Amigo/Irmão chamado MESSIAS, seu precursor, seu Mestre e de vários artistas de nossa terra. Um tanto esquecido, talvez, por sua índole tímida, contudo todos nós músicos e operadores da arte deveríamos, sempre e sempre, reverenciá-lo.
Agradece ao Brandão pela oportunidade e transmite a todos um forte abraço/fraterno/musical.